Àqueles que querem economizar na hora de fazer uma tattoo, procurando lugares com preços mais baixos, dêem uma olhada nesta matéria sobre a gravidade de se apanhar hepatite C. Vejam que tatuar sem a devida assepsia é uma das maneiras de se contrair o vírus e pensem melhor na verdadeira “economia”... Lembrem-se: preço nunca é tudo! A tattoo profissional custa um pouco mais caro, pois tudo é importado, individual e descartável, porém ela garante não só sua saúde e segurança, como também um resultado muito melhor em todos os sentidos.
Abraços à todos...
Zen ;)
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BOMBA RELÓGIO
Por André Santoro, revista Superinteressante
Edição 207 de 10 de dezembro de 2004, página 60.
Edição 207 de 10 de dezembro de 2004, página 60.
A hepatite C já atinge 200 milhões de pessoas, um a cada 30 habitantes do planeta. Ela trabalha em silêncio e pode causar cirrose e até câncer no fígado.
BOMBA! Não é mais um ataque terrorista. Mas a arma é biológica e causa um estrago daqueles. Pior: ela ataca nosso organismo. E sem fazer alarde. Quietinha, quietinha, multiplica-se sem parar e come pela beirada um dos órgãos mais importante do corpo: o fígado. Essa comilança pode durar décadas e, muitas vezes, só vai ser notada depois que o banquete for servido. Sua ação é como a de uma bomba-relógio que, em geral, é descoberta apenas após explodir.
A arma é o vírus da hepatite C. Ou simplesmente HCV, na sigla em inglês. A doença que ele causa é uma das maiores e mais graves epidemias do planeta. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), são cerca de 200 milhões de pessoas infectadas pelo vírus. Isso mesmo: 200 milhões de seres humanos. Ou, se você preferir, 3% da população mundial, índice assustador para qualquer problema de saúde. Para se ter uma idéia, a Aids, doença também causada por um vírus, atinge 38 milhões de indivíduos segundo a Unaids (programa da ONU para a doença).
A preocupação com a hepatite C, porém, não pára aí: ela está se alastrando de maneira assustadora e pouca gente tem noção disso. A cada ano – também de acordo com a OMS – surgem de 3 milhões a 4 milhões de novos casos. Além disso – e talvez o mais grave -, ela raramente produz sintomas e chega a provocar cirrose e câncer.
Ou seja, o HCV pode ficar anos a fio no organismo, trabalhando como uma bomba programada para acabar com o fígado. Dados dos Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, por exemplo, indicam que até 85% dos casos de hepatite C se tornam crônicos. São 170 milhões de pessoas, das quais, 1,7 milhão a 8 milhões podem morrer por complicações decorrentes da doença.
“Poucos casos apresentam sintomas”, afirma Carlos Ballarati, patologista clínico do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. “Somente 5% e isso na fase aguda.” Essa fase é a inicial e pode durar três anos. “O fígado sofre calado e só doe quando está inchado, o que pode indicar um estágio avançado, como a cirrose”, diz o gastroenterologista Flair Carrilho, responsável pelo setor de hepatologia do Hospital das Clínicas da USP. (...) Em seu estágio inicial, a doença, quando dá sinal, costuma se manifestar como uma mera gripe (febre, dores musculares e cansaço, por exemplo). E quase ninguém apresenta urina escura nem coloração amarelada da pele e dos olhos, bastante comuns em outros tipos de hepatite. “A icterícia, nome que se dá a esse sintoma, é muito rara na hepatite C”, afirma Flair. (...) “Em uma estimativa conservadora, podemos afirmar que cerca de 1% da população brasileira tem hepatite C” diz a pesquisadora Gerusa Maria Figueiredo, coordenadora do Programa Nacional de Prevenção e Controle das Hepatites Virais, da Secretaria de Vigilância em Saúde. Por baixo, são 1,7 milhão de infectados. (...)
A hepatite C passa por quatro estágios. Quando ela chega ao câncer – o último deles – o transplante de fígado pode ser a última saída.
FASE AGUDA (INFECÇÃO) - de duas semanas a seis meses em médiaO que acontece: O vírus se instala no fígado porque substâncias dos hepatócitos (células dos órgãos) atraem moléculas de gordura e proteína do vírus. Ele pode ficar incubado por até seis meses. Depois, começa a se multiplicar e fazer estragos nos órgãos.
FIBROSE - de três a dez anos em médiaO que acontece: Ao usar as células do fígado para produzir cópias de si mesmo, o HCV acaba esgotando-as. Aos poucos, o órgão ganha cicatrizes nas áreas danificadas e suas funções começam a ficar comprometidas.
CIRROSE - de dez a 20 anos em média
O que acontece: O excesso de tecido fibrosado cria barreiras que atrapalham o fluxo de sangue no fígado e suas funções vitais ficam seriamente comprometidas. Até 25% dos pacientes podem atingir esse estágio.
O que acontece: O excesso de tecido fibrosado cria barreiras que atrapalham o fluxo de sangue no fígado e suas funções vitais ficam seriamente comprometidas. Até 25% dos pacientes podem atingir esse estágio.
CÂNCER - de 20 a 30 anos em média
O que acontece: O câncer pode surgir quando o fígado tenta regenerar suas células mortas. Depende também do tempo de convívio com a cirrose. Para cada ano de vida com o fígado cirrótico, a chance de um tumor se desenvolver é de até 7%.
O que acontece: O câncer pode surgir quando o fígado tenta regenerar suas células mortas. Depende também do tempo de convívio com a cirrose. Para cada ano de vida com o fígado cirrótico, a chance de um tumor se desenvolver é de até 7%.
EPIDEMIA MUNDIAL
(...) A encrenca é grande, mas não há motivo para pânico. Afinal, o HCV não se propaga pelo ar. Quem convive com alguma pessoa infectada - mesmo que ela não saiba disso – não precisa ter medo de contrair. Também não há perigo ao usar um banheiro público, por exemplo. O contato corporal é igualmente seguro. Ninguém pega o vírus com um beijo ou abraço. “A hepatite C não é considerada uma doença sexualmente transmissível, como a Aids”, diz Flair. Esse tipo de contágio, no entanto, não pode ser totalmente descartado. (...) O que se sabe é que entre casais monogâmicos a disseminação é rara, assim como a transmissão de mãe para filho. Mas o sexo sem proteção aliado à troca freqüente de parceiros pode oferecer um risco real. O maior perigo é o contágio pelo sangue de uma pessoa infectada. E isso pode acontecer de várias maneiras. A mais comum, até o início de 1990, era a transfusão de sangue e seus derivados. “Naquela época, 18% do sangue usado em transfusões tinha o HCV. Hoje, esse índice é inferior a 1%”, afirma Flair. (...) “O que nos preocupa atualmente é o compartilhamento de seringas entres usuários de drogas injetáveis”, diz o médico.
(...) Há um agravante: o HCV, ao contrário do HIV, sobrevive por várias horas ou até por alguns dias fora do corpo, em pequenos fragmentos de sangue coagulado. Por isso, além das seringas, é prudente também não compartilhar outros objetos, como alicate de manicure, agulhas de tatuagem e instrumentos odontológicos não esterilizados. Nesses casos, qualquer corte, mesmo aquele que não conseguimos ver, pode servir de entrada para o HCV.
O principal alvo do vírus é o fígado, uma massa esponjosa que faz de tudo no nosso corpo. Uma de suas funções mais conhecidas é a produção da bile, uma secreção esverdeada que ajuda na digestão das gorduras. Mas isso não e nada perto de suas outras tarefas. O órgão também participa do metabolismo de proteínas e carboidratos, armazena glicogênio – uma molécula que é transformada em glicose quando precisamos de energia – e diversas vitaminas. Para completar, ele é uma espécie de zelador do nosso sangue: fabrica fatores de coagulação, elimina substâncias indesejáveis e liquida glóbulos vermelhos que não dão conta mais do recado.
RISCOS
Um grande problema é detectar a infecção, já que ela pode ficar calada por até uma década. Sabe-se que há alguns fatores de riscos: transfusões, internações e cirurgias feitas no Brasil antes de 1993, uso de drogas, sexo sem proteção com várias pessoas, parceiro sexual portador da doença, filhos de mães portadoras, tratamentos dentários sem esterilização adequada dos instrumentos, pessoas com risco profissional – quem trabalha com manipulação de agulhas e derivados, por exemplo. Quem se encaixa em pelo menos uma das situações não tem, necessariamente, a doença. Mas deve procurar um médico para afastar a possibilidade de infecção. O diagnóstico se dá por meio de exames de sangue.
Confira estes textos também para entender melhor tudo sobre sua tatuagem:
BANDAGEM: Garantindo a Beleza da Tattoo. http://oblogdozen.blogspot.com.br/2007/12/biologia-da-tatuagem.html
BIOLOGIA DA TATUAGEM: http://oblogdozen.blogspot.com.br/2007/12/biologia-da-tatuagem.html
Confira estes textos também para entender melhor tudo sobre sua tatuagem:
Cuidado Pós Tatuagem: Link: http://oblogdozen.blogspot.com.br/2008/06/cuidados-ps-tatuagem.html
BANDAGEM: Garantindo a Beleza da Tattoo. http://oblogdozen.blogspot.com.br/2007/12/biologia-da-tatuagem.html
BIOLOGIA DA TATUAGEM: http://oblogdozen.blogspot.com.br/2007/12/biologia-da-tatuagem.html
quando fiz minha tatoo pedi para que ficasse preta, mas não ficou totalmente preta se a gente olhar bem de perto parece que ficou meio esverdeada, isso é normal?
ResponderExcluira tatoo preta fica realmente preta?
Uma série de coisas influenciam nisso. A qualidade os mateirias usados em vc, os cuidados que vcs tomou durante a cicatrização, a pomada, enfim, várias coisas podem influenciar nisso, ok?
ResponderExcluirZen! ;)