Medida causa revolta entre profissionais da área e pode fazer com que franceses precisem sair do país para se tatuar
Fonte: uol.com.br
18/12/2013 - 06h00 | Amanda Lourenço | Paris
A partir do ano que vem, os franceses que quiserem uma tatuagem colorida terão que atravessar a fronteira do país. Cerca de 90% das tintas usadas pelos tatuadores foram proibidas por uma portaria do Ministério da Saúde da França, publicada no começo de dezembro, que entra em vigor em 1° de janeiro de 2014. A medida foi baseada no “princípio de precaução” de riscos de infecção, alergia e mesmo câncer e está causando revolta entre profissionais e amantes da tatuagem.
O documento condena 59 corantes usados em diversas tintas e reduz drasticamente as ferramentas de trabalho dos tatuadores, que ficarão limitados ao preto e a apenas um tom de verde e um de azul. “Estamos juntando forças e nos mobilizando para lutar contra esse absurdo”, disse a Opera Mundi Tin-Tin, presidente do Sindicato Nacional dos Artistas Tatuadores.
Instalado no bairro de Montmartre, em Paris, há 30 anos, Tin-Tin é o queridinho das estrelas francesas. Grandes nomes da moda como Jean-Paul Gaultier e Marc Jacobs já passaram por sua agulha. Quando Tin-Tin começou, nos anos 80, eles eram apenas 40 tatuadores profissionais em toda a França. Hoje, já somam 4.000. Um em cada dez franceses tem uma tatuagem e os desenhos coloridos são responsáveis por grande parte da demanda.
“O risco é os tatuadores entrarem na clandestinidade. Como o governo conseguiria controlar todo mundo?”, questiona Tin-Tin, prevendo um problema sanitário. Os estúdios clandestinos arriscam ter menos cuidados com a higiene e assepsia e podem utilizar tintas de pior qualidade, algumas já proibidas há muito tempo.
“O risco é os tatuadores entrarem na clandestinidade. Como o governo conseguiria controlar todo mundo?”, questiona Tin-Tin, prevendo um problema sanitário. Os estúdios clandestinos arriscam ter menos cuidados com a higiene e assepsia e podem utilizar tintas de pior qualidade, algumas já proibidas há muito tempo.
Outra tendência é os franceses escolherem se tatuar nos países vizinhos, onde as tintas também são controladas, mas não tão severamente. O problema é que boa parte dos estúdios franceses seriam obrigados a fechar as portas.
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